Ainda hoje uma senhora desconhecida!
Em 2002 eu publiquei, pela Editora COBRA, um livro com o título Gerência do Conhecimento. Tinha o seguinte sumário:
Se você tiver o cuidado de ler cada tópico vai perceber que o livro era, e ainda é, em termos de Brasil, uma novidade. Pouquíssimos pesquisadores falavam em KM na década de 2000. Primeiro porque embora o tema não fosse novo, especialmente na Europa, era ainda muito pouco explorado pela Academia, em textos que mesclassem o teórico com o prático. Ou seja, na Academia já havia textos teóricos, mas nada tão prático como o meu livro. Por conta desta abordagem o livro foi muito bem recebido, tanto no meio acadêmico quanto no meio profissional, o que me permitiu reeditá-lo em 2007 pela Editora e-Papers.
Minha preocupação principal, desde que comecei a publicar pela Atlas em 1994, era a de trazer obras bem embasadas em teorias, mas que permitissem ao leitor começar a praticar o conteúdo assim que terminasse de ler o livro. Bem diferente dos livros americanos, que não conseguiam, e raríssimos conseguem ainda hoje, responder às perguntas do leitor: e agora? Por onde eu começo a praticar o que acabei de ler?
Nesse sentido, desde os primeiros livros, me preocupei em desenvolver metodologias, com templates, que auxiliassem ao leitor a colocar em pratica o que tinham acabado de aprender.
Assim surgiu a Metodologia DOMP™, com suas 4 dimensões.
A Metodologia DOMP™ vem sendo desenvolvida há mais de 40 anos, de forma colaborativa com usuários, alunos e empresas. Exatamente o que aconteceu no grande projeto da Petrobrás, em 2013, quando a Metodologia DOMP™, foi escolhida pela Petrobrás para mapear, melhorar, reimplantar e gerenciar os três grandes macroprocessos de logística da organização: Armazenagem, Transporte de Pessoas e Transporte de Materiais. Foram treinados, na Metodologia DOMP™, 35 funcionários das bases operacionais de Macaé, Vitória e do novo e moderníssimo, à época, Armazém do Rio.
Bom, mas voltemos à Gerência do Conhecimento.
Ainda hoje, como escrevi lá no início do texto, esta respeitável senhora, por conta dos anos que tem de idade, (não se pergunta a idade de senhoras), ainda é pouco conhecida e, pior, pouco explorada, no bom sentido, principalmente no ambiente corporativo.
Mas é assim mesmo, as pessoas estão sempre em busca de novidades, novos remédios para curar velhas doenças, resolver velhos problemas, até mesmo criam doenças para desenvolverem novos remédios! Por isso Gerência do Conhecimento deixou de ser praticada com tanta frequência. Ficou velha!
Tudo que se fizer, ou que vier a ser feito nas Organizações dá muito trabalho, esse trabalho pode ser melhor gerenciado se os processos forem mapeados, analisados, modelados e gerenciados corretamente.
Uma das frases que mais gosto, das que são atribuídas a Peter Drucker, é:
“O gerente que quer ser eficaz e que quer que sua organização seja eficaz está continuamente policiando todos os programas, todas as atividades, todas as tarefas.”
Isso até soa como um pecado mortal, passível de um anátema, para os detratores de Taylor, Fayol e do próprio Drucker, mas continua a ser uma verdade, com tudo que queiram, ou possam, atribuir de poderes e excelência às IAs, aos Sistemas de Worklows (e de toda a sua família, BPMS, RPA, etc.) e a outras tecnologias.
O Ser Humano evolui, mas não na mesma velocidade de ascensão, e principalmente de decadência, como evoluem e desaparecem todas as tecnologias.
Afinal, por enquanto, quem as criam são os Seres humanos!